quarta-feira, 9 de julho de 2014


Final do sonho brasileiro na Copa de 2014.

         Com o último episódio vivenciado por milhões de brasileiros, percebe-se que existe uma idolatria errônea que os pais, na minha opinião, desequilibrados, passam aos seus filhos ainda menores, sobre a Copa do Mundo de Futebol, vi na telinha diversas crianças chorando e não entendendo porque aquele "time" que seu pai disse que era o melhor do mundo não conseguiu ganhar...Como assim????

         Claro que eu como técnica de futebol serei igual na cozinha, "nada", mas é nítido que nos outros times existem jogadores com vivencias de outras Copas, com  experiência em times grandes, agora vejamos o nosso time, a faixa etária entre, 21 a 29 anos onde a "lei de Gerson" prevalece , fazendo uma analogia com as demais seleções, eles estão com 27 a 38 anos, o que percebo é que os jovens imaturos (muitos a primeira Copa) não sabem lidar com conflitos, não tem o poder da resiliência não aprenderam a liderar, não sabem ter tomada de decisões imediatas, sem determinação e ousadia, fatores estes que são primordiais para que qualquer "time" deslumbre o campeonato, seja num campo de futebol ou dentro de uma organização, precisamos ter critérios avaliativos para entender que,  uma equipe só chega ao topo se unirmos o novo com o experiente, o ousado com o equilibrado. Mas infelizmente nota-se que na seleção existe aqueles que devem ser escalados, mesmo sendo taxados como “cones” porque os patrocinadores exigem a sua presença para elevar ainda mais a sua marca, inclusive, já está sendo cogitado a possibilidade do Neymar ter saído, porque o patrocinador teria percebido que o time da Alemanha iria detonar com o Brasil, e o seu patrocinado não poderia cair na "boca do povo" ele deveria ser poupado e ainda  sair como o “único que realmente faria a diferença se ali estivesse”, ledo engano, pois ele era atacante e o fracasso foi no meio campo.

         Será que nem o estímulo do prêmio, que diga-se não era pouca coisa, porém menos da metade do salário do Neymar, o fizeram treinar todos os dias, assim como o ex técnico da seleção de volei Bernardinho fazia com a sua equipe por diversas vezes campeã,  não tinham folgas, e, um dia por falta de espaço para treinar em um outro país, eles chegaram a treinar em um estacionamento para não perderem o foco, e aqui o que vimos?, uma seleção que a cada jogo tinham dois dias de folgas com a família...que beleza...neste momento eu, assim como a maioria chegou acreditar que a Copa realmente estava comprada,( e quase comprei um TV nas Casas Bahia...rs) porque era difícil entender que no mês mais “importante” eles estavam com a cara de “já ganhei”, aí lhes pergunto, onde está a disciplina?, porque, todos sabem que só se chega a perfeição com a prática constante de treinos seja em qualquer situação ou profissão.

         Agora vamos ficar com uma marca para sempre na nossa história, "o país do futebol" que levou a maior goleada e o maior vexame dos últimos tempos, tempos este de tecnologia, suplementos alimentares, aparelhos revolucionários, roupas com material que absorve melhor a temperatura do corpo, líquidos que dão energia, spray para tirar a dor em segundos...e na Copa de 50, tínhamos tudo isso??? Não, não tínhamos nem salários como os de agora, existia raça e amor à camisa, porém não havia patrocinador e por estes motivos muitos jogadores tinham que trabalhar em paralelo em outros lugares para poder manter a família.

         Vida que segue, mas, deixo aqui minha singela opinião para os pais que idolatram estes jogadores, parem de fazer seus filhos acreditarem que eles são os heróis brasileiros, heróis somos nós, pai e mãe que trabalhamos honestamente para dar uma boa educação aos filhos, para saber que ética e honestidade não são qualidades mas sim um dever, e que se tiver que chorar que chore por àquele que sempre estiveram ao seu lado, e não por onze jogadores que nem sabem da nossa existência.

         Apoiar seu time é diferente de idolatrar.

         Que venha a próxima Copa 2018 na Rússia,  com mais comprometimento e empenho dos nossos jogadores.

         E vamos pensar no que interessa este ano, as eleições, lembrando que não é só o Presidente que manda no país e sim uma cúpula dos mesmos “governadores, senadores, deputados...” pensem, analisem, vasculhem a vida deles, o que fizeram e quais são os projetos para o nosso Estado, será que não está na hora de mudarmos este cenário e darmos oportunidade ao "novo" pensem nisso, pois serão eles os nossos representantes políticos.

 

Adriana Trochmann

09/07/2014

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