quinta-feira, 14 de abril de 2011

A Educação em Valores Humanos sob a ótica da Programação Neurolinguística.

OS VALORES: RESGATANDO O QUE NOS TORNA HUMANOS

Vivemos em uma era violenta; sofremos violências cada vez maiores e com mais constância; assistimos quotidianamente manifestações de violência... a violência entra em nossas casas, muda nossa vida, nossos valores, nossas famílias, nossos comportamentos.
A violência é um sinal, um sintoma de uma sociedade que não criou apreço pelos valores e acabou formando adultos sem referenciais de cidadania e de respeito pelo próximo. A violência é a marca de uma sociedade excludente (que exclui em todos os sentidos, até afetivos).
A solução, a longo prazo , desses problemas exigem uma verdadeira revolução na maneira de educar nossas crianças.
Muito mais importante do que favorecer uma avalanche de conhecimentos e informações às nossas crianças é o fato de nós os formarmos enquanto pessoas humanas, incentivando-os a darem o melhor de si.
Devemos juntos, educadores, pais e responsáveis, tomar essa atitude diante de nossas crianças, tornando isso nossa missão: colaborarmos para a formação humana integral de nossos pequenos!
E como fazemos isso?
Há muitos pesquisadores, de variadas áreas de conhecimento, que vêm pensando no humano na atualidade. Existe um educador que há décadas vem tocando a melodia do resgate dos valores humanos básicos, a saber: A VERDADE,
A RETIDÃO, A PAZ, O AMOR, A NÃO-VIOLÊNCIA . Ele se chama Sathia Sai Baba e é indiano (MESQUITA, 2003).
Ele propõe que estimulemos esses valores em nossas crianças. Ele afirma, e nós dia a dia comprovamos isso, que à medida que a criança for utilizando a intensa capacidade amorosa que existe dentro dela, germinarão os valores humanos em seu coração, o que se refletirá no comportamento familiar, social e profissional. Independentemente de dificuldades, sofrimentos e decepções que, como todo ser humano, ela encontrar em sua trajetória sobre a Terra, será feliz. Porque felicidade, afinal, não é estar radiante de alegria e de bom humor diariamente, mas permanecer em harmonia com sua natureza humana. As leis da natureza humana só serão cumpridas quando conseguirmos ser leais à verdade, o que nos levará à retidão, à qual nos proporcionará a paz. Estando em paz, torna-se possível para nós viver e entender o verdadeiro amor incondicional. Com esses valores aflorados, somos capazes de praticar a não-violência, que é a abstenção de ferir o outro pelo pensamento, palavra ou ação. Quanto antes começarmos, melhor e mais fácil.
O que é educar?
Podemos dizer que educar é fazer com que nossos pequenos entendam que o certo é sempre o certo, mesmo que poucos o façam, e o errado é sempre errado, mesmo que muitos o façam.
Pois não existe criança boa ou má, nem inteligente ou tola. Cabe a nós tocarmos seus corações para estimular seu desenvolvimento.
Devemos nos tornar facilitadores para as nossas crianças, possibilitando que elas exteriorizem suas habilidades e assim possamos ir, com elas, trilhando o caminho do bem. Precisamos, para isso, querer que além da matemática, do português ou qualquer outro tema acadêmico, nossas crianças aprendam a necessidade de aproximação, de afeto e confiança, e isso elas só podem aprender conosco. O exemplo é o melhor ensinamento: devemos pois ensinar aos nossos pequenos o que é e como nos tornamos SERES HUMANOS, na plenitude, na inteireza da palavra (NAOURI, 2004).
O amor significa o sentido de inter-relacionamento e envolvimento do indivíduo com a comunidade, o que o faz reconhecer o parentesco que existe entre ele e os outros.
Para Sai Baba a educação espiritual não é uma disciplina distinta e separada, mas sim parte integrante de todos os tipos e níveis de educação.
Deve-se indagar: Por que é que com a educação superior sendo mais acessível no mundo todo, do que em qualquer outra época, muitos problemas humanos terríveis e crises reais estão longe de serem resolvidos e reconhecidos?
As universidades de hoje converteram-se em fábricas que produzem graduados, o que não pode ser o verdadeiro propósito da educação.
A visão psicanalista da ciência e o orgulho do “know-how” intelectual acrescentaram à aridez, ou melhor, ainda, alienação do coração no sistema educacional vigente. A Educação deve reforçar as fontes de alegria, amor e paz de espírito que são inerentes ao coração, e poderíamos dize, à alma humana.
Cabe aos educadores, gestores e facilitadores considerar tais processos e estimular esta rede de trocas. Acerca do papel do professor nos convém refletir sobre:”Se nos encontramos, hoje, num sistema arcaico de ensino, baseado no velhoparadigma cartesiano, onde a distância entre professor e aluno é tão grande, há que se pensar de forma emergencial, na saúde integral do professor” (Goleman, 2006).
Segundo Goleman (2003), o estresse manifestado pelos cuidadores acelera a velocidade do envelhecimento celular, aumentando em anos sua idade biológica. O professor, então, intensifica a fragmentação no nível de si mesmo e do aluno e se sente desmotivado, decepcionado, o que desencadeia a insatisfação emocional. Urge que os professores atuais procurem ao menos seus grupos de apoio, enquanto estamos na fase de transição de paradigma e que tenham o apoio de suas instituições no sentido de capacitar esse profissional à nova realidade .

rª Patrícia Barbosa Rodrigues
CRP 24217/05
Psicóloga